sábado, abril 30, 2011

REDUÇÃO DE "SPREADS"


Alexandre Relvas propõe redução de 'spreads' às empresas exportadoras

Lisboa, 30 abr (Lusa) - O gestor Alexandre Relvas propôs hoje a criação de um programa de financiamento de encomendas e contratos de exportação e a re...
Alexandre Relvas propõe redução de 'spreads' às empresas exportadoras Lisboa, 30 abr (Lusa) - O gestor Alexandre Relvas propôs hoje a criação de um programa de financiamento de encomendas e contratos de exportação e a redução de 'spreads' às empresas nas quais as exportações representem mais de 33 por cento da faturação.
O gestor, que falava em nome individual no evento "Mais Sociedade", que decorre no Centro de Congressos de Lisboa, apresentou algumas propostas com aplicação a curto prazo, por considerar que "o foco deve ser a redução de custos e a dinamização financeira das empresas".
O gestor entende que o atual contexto é favorável e, nesse sentido, defende "o esforço dos capitais próprios" e a criação de uma conta corrente entre o Estado e a empresa, com uma garantia de pagamento a 60 dias.
Alexandre Relvas propõe ainda a alteração do regime de pagamento do IVA e a redução da tributação de juros "sobre suprimentos em IRS".
Numa manhã que ficará marcada por diversas propostas de vários intervenientes, o gestor apresentou também argumentos para o mercado do emprego, nomeadamente, a redução da taxa social única.
Quanto à legislação laboral, esta "deve ser negociada em termos nacionais com os sindicatos. É um processo que é longo, mas podia haver uma legislação paralela", afirmou.

"Eu criava um novo contrato de trabalho com flexibilidade total", destacou o gestor. Segundo explicou, não se trata de eliminar o tipo de contratos que hoje existem, mas, "em paralelo, criar um outro contrato com maior flexibilidade, com flexibilidade total", o que facilitaria as empresas.
Defende ainda incentivos às PME, através de quotas, "de incentivo à contratação". O reforço da capacidade financeira das empresas, o incentivo ao investimento e ao emprego deverá ser o caminho a seguir por Portugal a muito curto prazo, sublinhou o gestor.

"Não é nenhum Governo iluminado que vai decidir se Portugal vai apostar na cortiça, no mar, ou em mercados alvos. É com o apoio das grandes empresas que vamos sair da atual situação", ironizou.
Em jeito de conclusão, lembrou que cerca de 99,3 por cento das empresas portuguesas com menos de 50 trabalhadores, têm um nível médio de endividamento de 150 por cento do PIB.
O "Mais Sociedade" é uma iniciativa de cidadãos independentes que surgiu em resposta a um desafio do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, no verão de 2010, com o objetivo de promover uma discussão sobre o futuro do país.
A iniciativa, financiada pelo PSD, comprometeu-se a apresentar um relatório final dos seus trabalhos aos sociais-democratas, mas o coordenador do movimento, António Carrapatoso, já frisou que as propostas que surgirem no âmbito do "Mais Sociedade" apenas responsabilizam os seus subscritores individuais, não comprometendo nem o movimento no seu todo nem o PSD, partido que deverá apresentar o seu programa eleitoral no início de maio.

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Lusa/Fim

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