quarta-feira, junho 15, 2011

Pedro Passos Coelho. O primeiro-ministro indigitado.

O primeiro-ministro indigitado, Pedro Passos Coelho, prometeu hoje apresentar um Governo “dentro da urgência que o país precisa”, sublinhando que o Presidente da República será o primeiro a conhecer a sua composição.

“Quanto à estrutura do Governo, à sua composição, é uma matéria que estará do conhecimento do senhor Presidente da República quando o futuro primeiro-ministro for indigitado e puder começar a fazer convites para o futuro Governo”, afirmou Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas depois de uma audiência com o Presidente da República.

Passos Coelho assegurou que será Cavaco Silva “a primeira pessoa a saber qual vai ser a composição e os nomes desse Governo”. “Até lá a comunicação social e o país terão que aguardar pelo processo de formação do Governo”, acrescentou, prometendo ser “coerente” na formação do novo executivo.

Várias hipóteses para Ministro das Finanças

Questionado sobre quem será o próximo ministro das Finanças, Passos Coelho escusou-se a adiantar qualquer nome, reafirmando apenas que pensou em “muitas pessoas” para o futuro executivo.

“Pensei em muitas pessoas para o futuro Governo que o PSD viesse a fazer. Disse mesmo durante a campanha eleitoral que tinha o Governo na minha cabeça e, portanto, pensei em muitas pessoas, mas não vou individualizar nenhuma delas”, declarou.

Recordando que a formação do Governo “é um processo próprio” e será conduzido pelo primeiro-ministro indigitado, Passos Coelho reforçou a ideia de rapidez. “Quando essa indigitação acontecer, iniciarei todos os esforços com vista à constituição do Governo o mais rapidamente possível”, referiu Passos Coelho.

Nobre como candidato a AR

O novo primeiro-ministro disse ainda que vai cumprir com a sua promessa, mantendo Fernando Nobre como candidato do PSD à presidência da Assembleia da República.

“Eu sou um homem de palavra, convidei o doutor Fernando Nobre para ser o candidato do PSD à presidência da Assembleia da República e nessa medida irei apresentar na altura própria o nome do doutor Fernando Nobre ao grupo parlamentar do PSD, que o proporá para presidente da Assembleia da República”, referiu, insistindo que o processo decorrerá “no âmbito parlamentar, não no âmbito do Governo”.

Este é assunto que causa desacordo entre Passos e Portas. O líder do CDS afirmou hoje que os deputados do CDS não vão votar em Nobre. Paulo Portas disse, contudo, que este tema não vai fazer parte do acordo entre os dois partidos que deve ser assinado nesta quinta-feira.

“Iremos amanhã [quinta-feira] fazer a reunião final com a assinatura pública desse acordo e esse acordo será conhecido amanhã [quinta-feira], afirmou Pedro Passos Coelho.

@SAPO com Lusa

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