Hospital de Abrantes contra retirada do serviço de patologia clínica.
Os directores do Hospital de Abrantes discordam da decisão de retirar o serviço de patologia clínica para Torres Novas, uma medida que a direção do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) afirma ser imprescindível para racionalizar recursos.
Com uma área de influência de 15 concelhos e com cerca de 266 mil habitantes, a administração do CHMT, que integra as unidades hospitalares localizadas em Abrantes, Tomar e Torres Novas, afirmou à Lusa que a medida "há muito está definida", devido à necessidade de rentabilizar recursos humanos, financeiros e técnicos.
Contudo, para os directores de serviço da unidade hospitalar de Abrantes, a medida não apresenta mais valias para o CHMT.
Segundo o parecer dos três elementos que compõem a direção da unidade, a que a Lusa teve acesso, a centralização de serviços "pode ser necessária, possível e desejável em algumas áreas mas esta não apresenta mais valias para o CHMT, nomeadamente na consecução de economias de escala, melhoria da qualidade dos serviços prestados e melhoria da exploração do SPC [serviço patologia clínica]".
Os directores acrescentam que desta decisão "resultarão outros aspectos criticáveis", apontando para a "redução da capacidade produtiva, afectação de transporte para a deslocação do pessoal, investimento em recipientes adequados ao transporte de colheitas, redução da capacidade de resposta e apoio na especialidade de patologia clínica e às especialidade existentes" naquela unidade.
Para os directores, o processo em curso "não se encontra estruturado ou organizado", sugerindo que a carência resultante da aposentação uma das médicas afectas ao serviço seja suprida com a afetação de um técnico superior ou médico" das unidades de Tomar ou Torres Novas
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