O secretário-geral do PSD, Miguel Relvas, considera «inaceitável» que a televisão pública custe «um milhão de euros por dia» aos portugueses, sobretudo num «momento de crise» como o actual.
Em declarações à Lusa e, em resposta as declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, que acusou hoje o PSD de querer «desmantelar» o serviço público televisivo, Miguel Relvas considerou ser «inaceitável que uma televisão pública custe aos portugueses um milhão de euros por dia».
«Parece-nos inadequado e inaceitável», sublinhou o secretário-geral do PSD, «particularmente num momento de crise», em que os portugueses já têm encargos com a casa, saúde, educação, entre outras despesas.Relvas, «as críticas do doutor Jorge Lacão são bem-vindas porque é a demonstração de que nestas eleições só existe um programa eleitoral, que é o do PSD».
Miguel Relvas defendeu ainda «o rigor na gestão dos dinheiros públicos», acrescentando que «o Estado não deve continuar a gastar os recursos que têm impostos dos portugueses».
Jorge Lacão «foi ministro dois anos com a tutela da comunicação social e não fez nada, rigorosamente nada, para inverter a situação que se vive na Comunicação Social pública», acusou ainda o deputado social-democrata.
O PS acusou hoje o PSD de querer «desmantelar a RTP» e o «serviço público de televisão», ao ter proposto a privatização de um dos canais comerciais da estação pública de televisão.
Numa conferência de imprensa na sede dos socialistas, em Lisboa, Jorge Lacão, com a tutela do sector da Comunicação Social, considerou que «o PS tem sido coerente ao longo do tempo» e que é favorável ao serviço público «tal como está consagrado na Constituição e como existe na RTP e na Lusa», referindo-se também à agência noticiosa.
Segundo Lacão, a proposta do PSD de «privatizar a RTP1 e fazer entrar privados na RTPi e RTP África não tem paralelo em nenhum outro país no espaço europeu, mesmo nos que estão a receber ajuda externa».
Por último, o responsável socialista disse que esta medida não traria vantagens para o Estado - porque comprometeria o plano de pagamentos da dívida da RTP, cujo plano de reestruturação decorre até 2019 - nem para os próprios privados.Lusa / SOL
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