Com uma subida de 10,75 por cento em relação às legislativas de 2009, o PSD conseguiu no domingo eleger cinco deputados pelo distrito de Santarém, um resultado que o presidente da distrital social-democrata disse ter “superado as expectativas”.
Vasco Cunha disse que a confiança num bom resultado foi crescendo ao longo da campanha eleitoral, tendo sido notória a passagem de uma “certa indiferença e pouco empenhamento das pessoas” na pré-campanha para “uma boa receptividade e bom acolhimento” na última semana.
O grande derrotado no distrito foi o Bloco de Esquerda, com uma queda de 6,12 por cento (de 11,91 por cento, terceira força mais votada em 2009, para 5,79 por cento) e a perda do seu deputado. O deputado do bloco até agora, José Gusmão, disse que a “derrota” obriga a uma “reflexão” e a “olhar para o sinal que os eleitores quiseram dar e perceber porque não renovaram a confiança” no partido.
Reconhecendo que foi também o seu trabalho enquanto deputado que foi avaliado, José Gusmão afirmou que esteve perto do distrito e se esforçou por prestar contas do seu trabalho, tendo cabido aos eleitores fazer as suas escolhas, que merecerão agora ser analisadas.
Outro derrotado desta noite, o PS passou dos 33,7 por cento em 2009 para os 25,85 por cento (uma queda de 7,85 por cento), perdendo um dos quatro deputados então eleitos.
António Serrano, que acompanhou a noite eleitoral em Lisboa, confessou alguma “desilusão”, porque trabalhou “intensamente” para “o objectivo dos quatro deputados”. Na sede do PS de Santarém apenas apareceram quatro pessoas e às 21h30 a porta já estava fechada.
Segundo disse António Serrano, “o povo fez a sua opção”, pelo que cumprimenta os vencedores quer a nível distrital quer a nível nacional, comprometendo-se a trabalhar enquanto deputado para “defender o Ribatejo e ajudar o país no que for necessário” em termos dos entendimentos que são precisos nesta fase difícil.
Filipe Lobo d’Ávila não escondeu o seu contentamento pelo facto de o CDS/PP ter ultrapassado a fasquia dos 12 por cento no distrito (12,3 por cento, mais 1,08 por cento do que em 2009).
“Foi o segundo melhor resultado de sempre do partido no distrito”, disse, realçando o facto de o CDS/PP ter vindo a subir “de forma uniforme” em todos os concelhos. A este resultado atribuiu o efeito nacional, mas também algum reconhecimento do “trabalho feito e da proximidade ao distrito”.
Sem grande variação em relação a 2009, a CDU manteve o deputado António Filipe (eleito com 9,02 por cento dos votos contra 9,26 por cento nas últimas legislativas). “Gostaríamos de aumentar a votação, mas, analisando concelho a concelho, verifica-se a inversão de uma tendência de descida”, disse Otávio Augusto, da direcção regional do PCP.
Com 37,72 por cento dos votos, o PSD elegeu cinco deputados – Miguel Relvas, Vasco Cunha, Carina Oliveira, Duarte Marques e Nuno Serra -, o PS, com 25,85 por cento, conquistou três mandatos – António Serrano, Idália Serrão e João Galamba -, o CDS/PP, com 12,3 por cento, elegeu Filipe Lobo d’Ávila, e a CDU (9,02 por cento) António Filipe. O MIRANTE
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