Para informação não só de todos os Abrantinos como militantes do PSD, transcrevemos a noticia do jornal “ O MIRANTE”.
“O último plenário de militantes do PSD de Abrantes fez mossa. Os ânimos exaltaram-se e, na sequência desse ambiente conturbado, o vereador Santana-Maia Leonardo decidiu pedir na passada semana a transferência da sua militância da secção de Abrantes para a secção do Lumiar (Lisboa), onde nasceu, em protesto pelo que se passou nessa reunião onde se queixa de terem tentado impedir a sua intervenção. Na mesma semana, também Elsa Cardoso, a militante que habitualmente substituía os vereadores social-democratas nas reuniões do executivo, pediu a sua desvinculação do PSD, por razões semelhantes.
Como ponto de partida para a polémica está o processo eleitoral que reconduziu, no dia 26 de Fevereiro, Manuela Ruivo como líder da concelhia abrantina do PSD.
Elsa Cardoso diz que só soube das eleições na véspera, quando recebeu a convocatória e já estava fechado o prazo para apresentação de listas. “Que partido/secção é este onde ninguém informa que a comissão política se tinha demitido e que iria haver eleições?”, questiona em carta dirigida ao secretário-geral do partido, Miguel Relvas, onde acrescenta: “Isto é gozar literalmente com os militantes do PSD. Ora, eu não me filiei no PSD para ser gozada”.
A presidente da concelhia, Manuela Ruivo, nega que o processo não tenha sido transparente. Em declarações a O MIRANTE refere que a convocatória foi publicada no jornal oficial do partido, o Povo Livre, nos prazos devidos. As eleições foram também divulgadas na página do PSD/Abrantes no Facebook com muita antecedência, garante. “Todos os militantes têm direitos e obrigações e um deles é saber o que se passa na sua secção e no seu distrito”, sublinha.
Na assembleia de militantes realizada a 19 de Março o assunto voltou à baila e, segundo a versão de Elsa Cardoso, um grupo de militantes que designou como “donos do partido” tentou monopolizar o debate e impedir o vereador Santana-Maia de falar “com vaias e gritos”. “Por sua vez, eu fui impedida de completar a minha intervenção, interrompendo-me a meio, com gritos e ofensas verbais. Só faltou mesmo ser agredida”, conta Elsa Cardoso na carta enviada a Miguel Relvas.
Já Santana-Maia, em carta aberta aos militantes do PSD e aos munícipes do concelho de Abrantes, diz que o plenário “estava todo armadilhado” para impedir a sua intervenção e sugere que as eleições no partido não decorreram de forma clara. “O que nós exigimos na câmara é o que exigimos no partido ou em qualquer associação: isenção, imparcialidade e rigor, designadamente quando estão em causa concursos públicos ou atos eleitorais. Estes valores não são negociáveis”.
A presidente da concelhia, estrutura que tinha pedido o agendamento do plenário de 19 de Março para discussão das contas e apresentação da moção de estratégia para os próximos dois anos, para além da análise da situação política, diz que a condução dos trabalhos obedece a regras. E que foi disso que se tratou. “Os militantes não podem fazer o que lhes apetece, há regras para condução do plenário”, afirma, desdramatizando.
Apesar dos atritos, Manuela Ruivo diz que a concelhia vai manter a confiança política na vereação PSD na Câmara de Abrantes.
Acrescentando que “Os vereadores têm desempenhado um trabalho com o qual nos temos solidarizado. São pessoas voluntariosas, que se dedicam à causa pública e ao partido”.
“
Senhores vereadores por esta não esperavam?
Ao ler esta notícia não resisto em comentar:
Ao ler esta notícia não resisto em comentar:
A senhora Presidente esteve à altura da situação. Provavelmente os senhores
vereadores não esperavam por esta.
A isenção que se exige professa-se, a imparcialidade que se impõe pratica-se e isto de todos os lados. Por isso, apelo ao bom senso e à prudência das palavras, porque não é o momento para combates internos na praça pública.
Tristemente assisto a assuntos internos do partido a serem expostos desta forma na comunicação social. Isto como cidadão e como simpatizante simplesmente, não me interessa, preciso sim de saber o que pensam fazer nesta conjuntura actual a nível micro e a nível macro.
“Tricas” de pequenez sensaboria começam a ser demasiadas. Nada disto credibiliza a política, os políticos e quem quer trabalhar pelo bem das populações.
Provoquem antes o debate no concelho, mobilizem a população para a crítica e para a questão política.
Há que canalizar as energias para servir a Nação e as pessoas do concelho. Pela população do concelho peço isenção, imparcialidade e rigor nos actos e nas palavras, pois esperamos que os nossos representantes e responsáveis sirvam a política e as populações, e não que a política favoreça os interesses pessoais e idiossincráticos de cada um.
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